quarta-feira, 13 de outubro de 2010

No escuro da dor, na dor do cinema...

Enquanto seus seios passeavam nos lábios dele ela gemia, gritava, sofria.
Com as orelhas frias e os pés molhados de suor ela tentava escrever na sala número 7 do cinema, enquanto passava algo na tela que não lhe interessava. Contorcia-se, rabiscava, se excitava.
Embora tivesse algumas pessoas presentes ninguém a ouvia, ninguém a notava, mesmo assim ela chorava, cantava e depois gargalhava.
Ele a achava louca, louca e incrível, incrível e idiota, mesmo com pouca roupa, mesmo com aquela voz rouca e mamilos enrijecidos por conseqüência do frio. Sentia o oposto, sentia aquele gosto, o gosto que nunca sentiu.
Então ela acorda quando o lanterninha foca a luz vermelha em seu rosto avisando que a sessão já acabou e que é hora de sair!

Nenhum comentário:

Postar um comentário