quinta-feira, 12 de agosto de 2010

doce ilusão.

Pegou em sua mão, curvou a coluna pra alcançar a linha dos seus olhos e falou docemente:
-Hey, calma não vou te machucar!
-Eu não quero mais você, é sério!
Abraçou-a então e ela pela primeira vez sentiu-se segura com ele, passaram tempos assim. Daí ele tira a flor em forma de botão que prendia seu vestido atrás.
-Não, melhor não fazermos isso...
Enquanto beijava o pescoço dela, perguntou:
-Tem certeza?
Não respondeu, sentia os pêlos da perna arrepiarem a cada passada leve de mão que ele dava, já estava lavada e parecia “que entrava enfim numa experiência superiormente interessante”. Ele ria, ela não entendia, mas deixou ele a despir sabia que era melhor ignorar a saudade e o excitação, sabia que era melhor ter ido estudar economia naquela segunda-feira, mas foi até ele e quando viu já estava dentro.
Ouvia-se gargalhadas dos dois, pareciam felizes e a música de fundo ela cantarolava : ai se eu tivesse autonomia, se eu pudesse eu gritaria amor ♪ Ele a levou pra debaixo do chuveiro, tomaram o melhor banho enquanto riam de nada, ela inclinava a cabeça pra frente pra não molhar o cabelo e tremia de frio, ele ria e parecia tão feliz, parecia que ela o fazia feliz...
-Vou fumar um cigarro!
Disse ela depois de vestida
-Sabe o que é, estou acordando muito cedo todo dia, preciso dormir!
-Ta me expulsando?
Ela perguntou assustada
-Não, to te avisando
Ele respondeu com um ar de irritação. Então ela levantou da cadeira, apagou seu cigarro, pegou suas coisas e foi sem ele se importar que realmente pareceu que a expulsou, sem se importar que já era muito tarde para ir sozinha ao ponto de ônibus, ser parecer ter qualquer carinho ou consideração por ela.
Após vários pensamentos ela conclui que realmente todos a querem, todos a querem pra puta.

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