segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Tudo que eu sempre sonhei.

Da próxima vez ela não escapa!
Nem que eu precise usar da minha força fraca aqui em minha frente ela se instalará, com ajuda de alguns homens, pra que eu possa ver os pingos de chuva de perto.
Sempre me fugiste, sempre me evitastes! Não tem jeito, sua boba, da próxima vez serás minha, serás bela, mais bela, mas bem mais perto!
Não me repudie mais, não me evite, pois eu preciso tanto de ti nessas últimas noites. E o que me resta? Imaginar-te, bela, vibrante com suas asas coloridas, e sempre abertas para mim.
Naquela noite não pude evitar, eu chorei e a culpa foi tua! Não me quiseste, tão boa eu sou, tão carinhosa e boba, mas sou, me diz então o porquê de não teres vindo me encontrar?
Agora me resta somente imaginar a chuva vir ao me encontro, já que lá fora não posso ficar. Sabe aquele resfriado? Aquela mistura de frio, vento, calor e cigarros? Me fudeu a garganta!
E agora eu fico aqui pensando quão melhor seria se tu tivesses uma presença maior que minha imaginação no meu quarto minúsculo e cheio de papéis de carta jogados no chão. Tu não me aceitaste, mas pra mim tu sempre terás lugar nesse quarto azul, janela que me falta!


[sobre a janela que os pedreiros não puderam fazer no meu quarto e que me faz tanta falta]

Nenhum comentário:

Postar um comentário