domingo, 4 de julho de 2010

O vestido.

Vento, ricochetei as pernas delas!
Infle o vestido e o levante acima da calcinha.
Para que a mesma se mostre; meu momento fítico.
Mensageiro dos aromas, traga o cheiro mais íntimo,
Da moça dos meus olhos, a de odor ínfimo.

Sonhando que um dia tua chana
Estejas a “sugar'' meu anular
-Tal cheiro fica entre meus dedos,
De gosto ácido, semelhante a suar.
Para que eu possa te sentir, te respirar.

Desencadeia a letargia preciosa.
Ressurge das tuas mágoas, das tuas glórias,
-Sobre o olhar que te penetras, molhada estás!
-Sobre meu corpo colado, encharcada estarás!

Para que no chão possa te penetrar.
E meus joelhos sangrem enquanto me engoles,
Te pressiono forte, rasgo minhas cicatrizes,
O meu pesar será teu corpo, tua pressão,
Rasgando teu vestido, mesclo aflição a tesão.


[Alba Winifreda]

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