segunda-feira, 21 de junho de 2010

Impulsividade bate na porta.

Levanta, respira, pensa. Está excitada. Será que foi o filme? Mesmo no frio com temperatura abaixo de zero grau, ela sente vontade de tirar a roupa (os termometros nem mediam isso, mas o coração dela sim). Está vestida com várias peças, lembra-se disso e sente preguiça de se despir. Olha o escuro, respira fundo várias vezes, pensa nele. Ele? está a poucos metros, no banho, será que também está excitado? Imagina que sim, depois ela descobre que não. Enquanto ele se enxuga, ela se molha. Enquanto ele pensa em dormir, ela pensa em não dormir e dar um pulo na cama dele, ela dá.
Ele não pede mais abraço, talvez cansou.
Ela sente o coração bater forte, então inicia uma conversa, pergunta se o filme era bom, já que o sono não a deixou terminar de ver, ele sempre atencioso responde que sim, que gostava das características do Almodóvar.
Nossa, como ela o admira, mas não pode, essa é a hora de ficar só, ela não pode machucá-lo, ele não.
Após uma conversa curta comenta sobre sua excitação e ele pede um beijo, e ela responde que não e que só quer agarrá-lo. Ele diz : "me agarra então"

Talvez não soubessse que melhor seria não ter saido da sua cama, não ter dado trela pra sua excitação. Não conseguiu. Tirou a camisa e fez com que ele sentisse seus seios, suas mãos eram macias, ela gostou e queria beijá-lo, mas NÃO, não podia. Ficou nua, ficou louca, ficou muito molhada, queria ir até o fim, e ele queria amá-la. Ela não queria, não se achava digna do amor dele e agora de mais ninguém.
Ela insiste, ele não quer, não consegue, ou não lhe ver assim.
Ela pensa e admira, fica triste e vai dormir arrependida de não ter deixado o seu coração intacto para aquele moço que estava ali do seu lado, e que queria cuidá-lo. Ela sempre procurou alguém como ele, mas só achou depois que acreditou que não queria mais.


Então, pra embalar seu sono ela canta baixinho : Ela é feita pra apanhar, ela é boa de cuspir, ela dá pra qualquer um, maldita Geni ♪

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