segunda-feira, 17 de maio de 2010

grande-pequena moça.

Lá vem ela. Tão pequena. Tão grande. Música nos ouvidos, cabeça no mundo da lua, como uma amiga de longa data a define. Parece amarga, mas é tão doce que só quem está próximo percebe. Ela quer abraçar o mundo, diz todo dia :-Ah se todos pudessem amar como eu amo o mundo não teria lugares sombrios e tristes. Tem um poder nas mãos que nem percebe. Sempre ensaia um sorriso na frente do espelho, não pra usá-lo calculadamente, mas porque também o acha belo, como um irmão de outra realidade cósmica considera. Deseja uma saia vermelha com elefantes, tipo aqueles da Índia. Com a saia ela quer dançar pelo mundo inteiro, mas não sozinha, quer aqueles que não sabem dançar e por não saberem quando arriscam posam para os outros como bobos, e ela os acha lindos, sempre se lembra deles. E como ela gosta de abraçar, meu Deus, a menina abraça a qualquer um que queira apertá-la sinceramente, vive dizendo : - eu viveria feliz se tivesse um moço para me abraçar sempre. Ela sente frio, até quando a sua cidade natal está em chamas, não se sabe bem porquê, já procurou médicos porque o frio trás até reumatismo nas pernas, por isso há anos tem evitado o uso de mini-saias. Sente tanto frio que não suporta mais dormir em hotéis sozinha, precisa de alguém pra no meio da noite cutucar e dizer : - eii, me abraça, to com muito frio. E faz dengo, não pra fingir que é dengosa, mas porque é. E sabe essa moça deveria ser feliz e não é porque é melhor que ninguém, mas porque ela tem um coração cheio de amor pra dá pra quem quiser cuidar dele direitinho.


Qualquer coisa, eu passo o telefone dela pra quem se interessar.

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